Parque no ES registra segundo incêndio em sete dias; 140 hectares já foram destruídos
25/08/2024
(Foto: Reprodução) O Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo, no Sul do Espírito Santo, abriga fauna e flora da Mata Atlântica. A suspeita é que os dois incêndios foram causados pela ação humana. Incêndios consecutivos devastam o Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo, no Sul do Espírito Santo
Reprodução/Redes sociais
Um novo incêndio no Parque Estadual Mata das Flores, em Castelo, no Sul do Espírito Santo, já destruiu cerca de 40 hectares desde o início das chamas na noite deste sábado (24). Este é o segundo incêndio em uma semana na unidade de conservação, que, somado ao anterior, totaliza 140 hectares de devastação. Equipes do governo estadual estão mobilizadas para evitar mais danos.
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Segundo o diretor-geral do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), Mário Louzada, as chamas do último incêndio tiveram início na região das torres de telecomunicação, perto do Santuário de Aracuí, e avançaram até a área do parque. A suspeita é de que a causa seja criminosa.
Segundo incêndio em intervalo de sete dias é registrado no Paque Estadual Mata das Flores, no Sul do Espírito Santo
Iema
“Fomos surpreendidos com mais um incêndio, que já queimou cerca de 40 hectares. Vamos entrar na fase de investigação para identificar os responsáveis por esses atos. Já estamos coletando imagens de câmeras de videomonitoramento da região e do cerco inteligente do governo do estado. Várias testemunhas afirmaram que um motociclista foi visto subindo até o alto do parque e ateou fogo”, destacou Louzada.
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Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), a corporação foi acionada e uma equipe do Posto Avançado Bombeiro (PAB) de Castelo se deslocou e iniciou o combate, juntamente com a equipe do Iema ainda durante a noite.
Na manhã deste domingo (25), uma aeronave do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTAer) realizou um sobrevoo de reconhecimento e confirmou que o incêndio se encontra sob controle.
''As equipes do CBMES e do Iema permanecem em campo para o monitoramento da área", informou a corporação.
Quase 150 hectares consumidos pelo fogo
O primeiro incêndio de grandes proporções foi registrado no dia 18 de agosto e, segundo o Iema, também teve origem humana. Na ocasião, equipes do Corpo de Bombeiros e do Iema trabalharam para controlar o fogo, mas ventos fortes espalharam os focos.
Incêndio consome área de preservação em Castelo, no Sul do ES
Quatro dias após o início das chamas, no dia 22 de agosto, o governo do Espírito Santo informou que o incêndio havia sido controlado. A estimativa inicial é de que mais de 100 hectares foram queimados entre áreas do parque e da zona de amortecimento. “Faremos também a avaliação das perdas, dos impactos e dos responsáveis”, afirmou Louzada.
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Tragédia ambiental
O Parque Estadual Mata das Flores tem 800 hectares de Mata Atlântica, abrigando uma rica biodiversidade com espécies ameaçadas, novas e endêmicas. O diretor-geral do Iema alertou que os incêndios nessa unidade de conservação representam tragédias ambientais irreparáveis.
Incêndio no Parque Mata das Flores, em Castelo, no Sul do Espírito Santo
Mário Louzada
“Demora décadas para recuperar uma área queimada dessa magnitude. Perdemos nossa biodiversidade, o Espírito Santo fica mais pobre ambientalmente, e consequentemente, o país também”, lamentou Louzada.
Este ano, devido ao clima extremamente seco e à falta de chuva, outros parques estaduais também enfrentaram incêndios, incluindo o Parque de Itaúnas, o Parque Estadual Paulo César Vinha, o Parque Estadual da Pedra Azul e o Monumento Natural Serra das Torres.
"O incêndio no Parque Estadual Mata das Flores é o mais significativo, pois já devastou uma grande parte do parque, causando um grande estrago. Estamos enfrentando um inverno com temperaturas mais elevadas do que o normal, pouca chuva, ar seco e vegetação seca, o que faz o fogo se alastrar rapidamente com o auxílio do vento”, concluiu.
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