Novo laudo aponta que médica morta em hotel no ES teve lesões na cabeça em vida e intoxicação por morfina

  • 20/08/2024
(Foto: Reprodução)
Laudo foi apresentado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para a Justiça nesta segunda-feira (19). Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos foi encontrada morta em setembro do ano passado. Novo laudo aponta que médica morta em hotel teve lesões na cabeça em vida Um novo laudo apresentado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) à Justiça, nesta segunda-feira (19), apontou que a médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, morta em um quarto de hotel em Colatina, Noroeste do estado no ano passado, sofreu traumatismos na cabeça enquanto ainda estava viva. Documento diz ainda que morte ocorreu por broncoaspiração e asfixia decorrente de intoxicação por morfina. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram No primeiro momento, a causa da morte da vítima apontada em laudo constatou sufocamento por broncoaspiração de líquido e o exame de sangue realizado apontou ingestão de enorme quantidade e variedade de substâncias químicas. “Ou seja, a causa da morte foi que, a enorme quantidade de químicos consumidos, sobretudo substâncias anestésicas, acarretaram o descontrole dos esfíncteres corporais e a aspiração de líquidos produzidos pelo próprio corpo, com o engasgo e consequente sufocamento”, explicou o magistrado na sentença no final de julho. A médica de MG, Juliana Pimenta Ruas El Aouar, foi encontrada morta em hotel do ES; Marido e motorista do casal foram presos Reprodução/Redes Sociais Com o novo pedido do MPES, a perícia científica do Serviço Médico Legal de Colatina analisou dois pontos: se os traumatismos apresentados anteriormente aconteceram enquanto a vítima ainda estava viva e se seria possível precisar o horário aproximado da morte. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O novo laudo informou que a médica foi morta pelo menos uma hora antes do serviço médico de urgência ter sido acionado pelo marido e ex-prefeito de Catuji, em Minas Gerais, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos. No final de julho, a Justiça tinha absolvido Fuvio por não ter ficado evidenciado que oferecia drogas para consumo da vítima, nem que tenha oferecido no dia do crime; e por não haver indicação de que ele tenha, de maneira proposital e artificial, alterado o local para obter alguma vantagem. Peritos da Polícia Civil realizam perícia em quarto de hotel onde médica foi encontrada morta Reprodução/TV Gazeta Após a absolvição, foi decidido que o ex-prefeito não iria a júri e não responderia por feminicídio doloso nem crime contra a vida. Ele está solto desde dezembro de 2023, mas cumpria algumas medidas protetivas, como não deve mudar de residência, sem prévia permissão do Juízo, ou se ausentar por mais de oito dias de sua residência, sem comunicar o lugar onde será encontrado. Pedidos de nova revisão de exames Mas o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça no início de agosto, com novas provas que mostram que Fuvio, pagou a conta do hotel antes de socorrer a esposa, que estava no quarto em estado crítico. Dentre as provas estão imagens de câmeras do hotel e a reconstituição dos fatos no local. O g1 procurou o pai de Juliana, o médico cirurgião Samir Sagi El-Aouar, para comentar sobre a atualização na investigação da morte da filha, mas não teve nenhum retorno. A reportagem também entrou em contato procurou o MP-ES para saber o que muda com esse novo laudo, mas não teve nenhuma resposta até a última atualização desta reportagem. A defesa de Fuvio informou à reportagem que vai se manifestar apenas dentro do processo. Entenda o laudo Ex-prefeito da cidade de Catuji, em Minas Gerais, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos foi preso por matar a esposa médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos Reprodução/Redes sociais O laudo solicitado pelo MPES, que o g1 teve acesso, relatou que a morte ocorreu por broncoaspiração e asfixia e decorreu da ação conjunta de intoxicação por morfina e edema cerebral resultante de traumatismo cranioencefálico. Trecho do laudo de exame cadavérico pedido pelo Ministério Público do Espírito Santo sobre o caso da morte da médica Juliana Pimenta Ruas El-Aouar Reprodução Sendo assim, os peritos afirmaram que o dano que Juliana sofreu fora ocasionado em vida. "Dessa forma, é possível afirmar que foram traumatismos ocorridos em vida os responsáveis pelas hemorragias no subcutâneo do couro cabeludo e também pela hemorragia subaracnoidea (em nível intracraniano) identificadas na vítima", informou o documento. Sobre o horário da morte da médica, os peritos puderam concluir que "possivelmente, a vítima morreu entre 4h e 8h da manhã do dia 2 de setembro de 2023." Outras provas A médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar foi encontrada morta em quarto de hotel do ES Reprodução/Redes Sociais Desde o início de agosto, quando o MPES recorreu da decisão da Justiça de absolver Fuvio, outras provas tinha sido apresentadas antes do novo laudo. Um ponto levantado pelo órgão foi a a indiferença do ex-prefeito e a demora para socorrer a vítima. De acordo com o MPES, enquanto ele ainda efetuava o pagamento, ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quando os socorristas chegaram ao local, relataram que esperou Fuvio aparentava tranquilidade, terminou de pagar a conta, para só então levá-los até o quarto onde a vítima foi encontrada. MAIS SOBRE O CASO: ‘Torturou ela a noite toda’, diz pela 1ª vez, pai de médica morta em quarto de hotel no ES Justiça manda soltar marido de médica morta em quarto de hotel em Colatina, no ES Dessa forma, para o Ministério Público, a decisão da 1ª Vara Criminal de Colatina de absolver o réu foi precipitada. ''As provas produzidas no processo trazem depoimentos, laudos técnicos diversos e provas periciais e documentais robustos e irrefutáveis. Destaca também que essas provas demonstram as contradições do réu'', destacou o MP. As provas periciais também demonstraram a incompatibilidade da versão dos fatos sobre a morte da vítima apresentada pelo réu com os laudos de exame cadavérico, disse o MP. ''Assim, diante das muitas provas robustas incluídas nos autos, o MPES considera haver indícios de autoria e materialidade suficientes para que o réu fosse levado a julgamento pelo Tribunal do Júri'', finalizou o órgão. Relembre o caso uvio Luziano Serafim, de 44 anos, foi prefeito de Catuji, em Minas Gerais, e está preso suspeito de matar a esposa médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos Reprodução Juliana era casada há cinco anos com Fuvio e os dois moravam na cidade mineira de Teófilo Otoni. O casal estava hospedado em um hotel em Colatina, no Norte do Espírito Santo quando a médica foi encontrada morta na manhã do sábado dia 2 de setembro. De acordo com o boletim de ocorrência, o cenário encontrado pelos peritos foi o quarto toda revirado, sangue nas roupas de cama e a médica toda machucada. Consta ainda no documento que os peritos encontraram vidros de remédios quebrados e a janela do quarto onde o casal estava aberta, o que levou os profissionais a verificaram se se havia sido jogado para fora do espaço. Os peritos encontraram, então, um medicado de uso controlado, indicado como agente anestésico único para procedimentos cirúrgicos e diagnósticos que não necessitem de relaxamento muscular esquelético no estacionamento do hotel, exatamente embaixo do quarto do casal. O pai de Juliana contou que a filha estava vivendo um relacionamento conturbado há algum tempo. "Ele [Fuvio] já vinha batendo nela algumas vezes, dizendo que ela tinha caído dentro de casa, todo dia um olho roxo, uma cicatriz de sete centímetros na região frontal. Tudo isso já vinha acontecendo e ela querendo sair do casamento, e ele ameaçando para ela não sair, ele não aceitava a separação", explicou Samir Sagi El-Aouar, pai da vítima. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo A Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo

FONTE: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/norte-noroeste-es/noticia/2024/08/20/novo-laudo-aponta-que-medica-morta-em-hotel-no-es-teve-lesoes-na-cabeca-em-vida-e-intoxicacao-por-morfina.ghtml


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